terça-feira, 19 de março de 2013

A matéria da Mais Feliz sobre Lázaro Britto

história do jornalista amputado Lázaro Britto, que em março do ano passado criou o Blog Passo Firme para realizar o sonho de ter uma perna mecânica, chamou a atenção da revista Mais Feliz, publicação semanal feminina da Editora Abril publicada no Nordeste. No dia 14 de dezembro, quando ainda estava em São Paulo finalizando a primeira etapa da protetização no Centro Marian Weiss (CMW), o blogueiro recebeu ligação da jornalista Daniela Abreu querendo saber detalhes de sua história. A indicação para a entrevista partiu do amigo do jornalista Flávio Peralta, do site Amputados Vencedores. A matéria “Minha filha inspirou minha adaptação!” foi publicada na edição nº 17 da revista, que traz a atriz Dira Paes na capa. O texto, construído em formato de depoimento, relata um resumo da história de Lázaro que, por amor à mulher e à filha, conseguiu vencer o câncer e uma amputação. O único equívoco da reportagem foi afirmar que o jornalista foi presenteado com a prótese por uma clínica de São Paulo – o CMW – em troca de parceria com o blog, dando a entender que o equipamento protético fora concedido gratuitamente, o que não ocorreu. Nenhuma das propostas recebidas pelo blogueiro envolvia concessão gratuita e sim a confecção da prótese por um valor diferenciado.

Amputados Superam Limites

sexta-feira, 15 de março de 2013

Jovem tetraplégica já tem viagem marcada para tratamento em Cuba

Uma maratona de folclore promovida pela Rádio Iris no domingo, 5 de Agosto, em Samora Correia foi a última iniciativa da campanha de angariação de fundos para o tratamento de uma jovem tetraplégica de Porto Alto. O convívio reuniu mais de 1500 euros e foi mais um contributo para engordar a conta onde já foram depositados 28.500 euros. Vânia Correia parte para Cuba a 9 de Setembro para realizar tratamentos durante um mês. “Estou muito feliz. Isto tudo correu melhor do que pensava. As pessoas revelaram ser muito solidárias e nunca vou esquecer estes apoios”, disse a O MIRANTE. A jovem está numa cadeira de rodas há quatro anos e tem uma “grande esperança” em recuperar o andar depois do tratamento em Cuba. “Espero deixar a cadeira de rodas e minorar o meu sofrimento”, revelou. Em Fevereiro de 2003,Vânia Correia tinha 24 anos e era uma administrativa feliz. Naquela manhã de sábado, a jovem ajudava o padrinho que a criou na apanha da batata num terreno em Porto Alto, Samora Correia, quando o seu cabelo se enrolou no veio que faz a transmissão entre o tractor e a máquina. O acidente obrigou-a a lutar contra a morte e deixou marcas profundas. A jovem ficou tetraplégica, devido a lesões graves na cervical e na medula. Vânia perdeu o couro cabeludo e parte de uma orelha e está obrigada a usar fraldas. Fracturou os dois braços, um deles em três lados. Com a fisioterapia recuperou algum movimento nos membros superiores e nunca perdeu a sensibilidade nas pernas. Motivos mais que suficientes para acreditar na recuperação. “A medicina está muito avançada em Cuba, outras pessoas conseguiram, espero conseguir também”, adianta. A jovem já perdeu a conta às intervenções cirúrgicas e horas de tratamentos. Sabe que passou a maior parte dos últimos quatro anos nas camas dos hospitais e numa cadeira de rodas. A doença afastou algumas das pessoas de que mais gostava, mas aproximou outras. O sofrimento e a dor deram lugar à esperança. “Acredito muito que vou voltar a ser feliz”, frisa. A 2 de Maio, quando iniciou a campanha de recolha de fundos pretendia conseguir 22 mil euros para a primeira sessão de tratamentos. Três meses depois, atingiu o objectivo e tem mais seis mil e quinhentos euros que “vão ficar depositados na conta para a eventualidade de serem necessários”. Esta campanha permitiu a Vânia fazer novos amigos, conhecer o sabor da partilha e do amor ao próximo e perceber que “nem tudo é mau”. Uma pessoa deu 2.500 euros, em dinheiro colocado num envelope anónimo durante o primeiro espectáculo no Centro Cultural de Samora Correia. Os donativos depositados na conta criada para o efeito ou nas latinhas espalhadas pelos estabelecimentos públicos foram simpáticos e a campanha cresceu como uma bola de neve que tocou dezenas de pessoas. Houve vários espectáculos e uma “preciosa ajuda” dos órgãos de comunicação social que divulgaram o caso ao mundo. Doutra forma não teria sido possível conseguir o dinheiro. Vânia vive com uma reforma de 318 euros numa família pobre que não a pode ajudar mais. O pai vai acompanhá-la no tratamento no Centro Internacional de Restauração Neurológica (CIREN) de Cuba. O plano decorre durante cinco semanas num regime intensivo com várias sessões de fisioterapia diárias e acompanhamento médico e de enfermagem permanente. Não há nenhuma certeza quanto aos resultados, mas Vânia leva na bagagem a esperança de vir a dispensar a cadeira de roda.

TRATAMENTO EXPERIMENTAL NO BRASIL, TRAZ ESPERANÇA A TETRAPLÉGICOS

Programa especial já é testado em 12 pacientes. Leandro é um deles,diz que antes vivia em uma cama e dependia totalmente de familiares e amigos, passou sete meses fazendo sessões de fisioterapia com a ajuda de um novo equipamento, em que o paciente fica de pé e aos poucos vai sendo estimulado a se movimentar. Hoje, ele consegue se locomover com ajuda de um andador e já faz quase tudo sozinho e até dirige carro normalmente. O jovem e mais 11 pessoas, de 20 a 51 anos, tetraplégicos e paraplégicos, fazem parte do grupo de pesquisa da fisioterapeuta Cláudia Cristina Garcez, que desde julho usa o Elevador Ortostático Dinâmico. O aparelho criado por ela com apoio de especialista do curso de pós-graduação em engenharia biomédica do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e de empresas privadas, já representa uma esperança para pacientes portadores de deficiências físicas. O elevador, que funciona no asilo da cidade, consiste em uma barra de aço de seis metros de comprimento por três de altura, com um motor elétrico acoplado a uma corrente e um gancho de suspensão, adaptada a um controlador de velocidade. Com o equipamento, a pessoa com tetraplegia é içada, de maneira suave, e colocada na posição vertical para realização de fisioterapia, exercícios nos pés e nas pernas. O equipamento foi patenteado há três meses e já está sendo comercializado por R$ 8,5 mil. Com 12 anos de experiência na área, a fisioterapeuta explica que antes precisava de muitas pessoas para colocar o paciente de pé, o que dificultava o trabalho, por isso resolveu investir na criação do equipamento. Segundo ela, a técnica tem trazido resultados satisfatórios e melhorado a autoestima dos usuários. “Todos os assistidos pelo projeto deixaram de andar por algum motivo, mas, mesmo com a deficiência motora, o cérebro deles reconhece o movimento. Quando a pessoa está deitada numa cama ou sentada, o corpo também entende, mas não é tão eficiente quanto colocá-la em pé e incentivá-la dar um passo.”, explica.Aceitar depoimento