terça-feira, 28 de agosto de 2012
Rúgbi
Rugby brasileiro faz parceria com time da Nova Zelândia visando Olimpíada'2016
Para não fazer feio em 2016, o esporte que ainda não é popular no 
Brasil fez uma parceria com o Crusaders, time vencedor na Nova Zelândia
Mal acabaram os Jogos Olímpicos de Londres e
o rugby brasileiro já trabalha para a próxima olimpíada, que terá a 
participação da modalidade no Rio de Janeiro. Para não fazer feio em 
2016, o esporte que ainda não é popular no Brasil fez uma parceria com o
Crusaders, time vencedor na Nova Zelândia, e com a Federação de 
Canterbury, região repleta de campeões mundiais.
“Tradicionalmente,
os países do top dez do ranking do IRB não se interessam por 
desenvolver países potencialmente competidores. Essa parceria técnica é 
histórica. Após oito meses de discussões, chegamos a um entendimento e 
alinhamento mútuo de culturas locais, formas de trabalho, expectativas e
metas”, explicou Arap Sobrinho, presidente da Confederação Brasileira 
de Rugby (CBRu).
Os atletas já encaram uma maratona de exercícios
no centro de treinamentos da CBRu, em São José dos Campos (SP). No 
início deste mês, eles passaram por avaliações físicas comandadas pelo 
preparador neozelandês, Darryn Collins.
“Com certeza, 
alcançaremos níveis físico e técnico substancialmente superior ao 
atualmente desempenhado por nossas seleções. Disputaremos os Jogos do 
Rio'2016 com equipes altamente competitivas", projetou Sobrinho.
Nesta
terça, o técnico e coordenador do centro de alto rendimento do 
Crusaders, John Haggart, desembarca no Brasil para dar continuidade aos 
trabalhos realizados com as Seleções masculina e feminina, nas 
categorias adultas e juvenis. O nome do futuro técnico da Seleção 
Brasileira ainda não foi revelado.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Esgrima
Esgrimista gaúcho classificado para Londres
Guissone quer conquistar o ouro nas Paraolimpíadas
O esgrimista Jovane Silva Guissone, 29 anos, está diante de um novo 
desafio. Classificado para as Paraolimpíadas de Londres, treina 
obstinado para trazer uma medalha olímpica. Guissone se tornou o 
primeiro atleta brasileiro da modalidade a medalhar em uma competição 
internacional, ao conquistar um bronze no Mundial da IWAS no ano 
passado. “Já conquistei 28 medalhas nacionais e cinco internacionais”, 
enumera contente.
Leia outras matérias da série Atletas paraolímpicos: exemplos de superação
Natural de Barros Cassal, no interior gaúcho, o atleta é deficiente 
físico e pratica esgrima há quatro anos. Ficou paraplégico, no final de 
2004, após sofrer um assalto e levar um tiro na coluna. Nos anos 
posteriores, Guissone passou por momentos de reabilitação, fisioterapia e
adequação com a cadeira de rodas. Em 2007, fez um ano de basquete, mas 
se afastou do esporte devido à lesão. Não desistiu da atividade física, 
conheceu a esgrima e segue praticando até hoje.
Na esgrima paraolímpica, a cadeira é fixada ao solo por meio de uma armação especial
A esgrima paraolímpica destina-se aos portadores de deficiência 
física motora, em cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina.
A cadeira é fixada ao solo, por meio de uma armação especial, que ao 
mesmo tempo posiciona o atleta num certo ângulo e distância. A partida 
que consiste em três períodos com três minutos cada, pode durar também 
até um dos adversários completar 15 pontos.
Guissone, que conheceu outros países em razão do esporte, treina de 
segunda a sexta-feira na Academia da Brigada e recebe orientação dos 
técnicos do Grêmio Náutico União, Alexandre Teixeira e Eduardo Nunes. 
Jovane dedica-se exclusivamente ao esporte e segue buscando patrocínios.
O esgrimista, que tem o jogador Neymar como um de seus ídolos, relata
que não gosta de tratamentos diferenciados e de ser subestimado por ser
portador de deficiência. “As pessoas me olham com outro olhar, sentem 
pena. Gosto que me tratem como uma pessoa normal. Eu sou um ser humano 
capaz como qualquer outro. O meu filho de nove meses é uma prova disso”,
relata orgulhoso do bebê que está no colo da esposa. Determinado, 
finaliza: “Vou realizar o meu sonho e trazer uma medalha das 
Paraolimpíadas”.
sábado, 11 de agosto de 2012
Tetramães
Como é a rotina de mulheres tetraplégicas que, contrariando tabus e preconceitos, optaram por alegrias e desafios da maternidade
Paula Rocha 
"Tem gente que me chama de louca porque escolhi 
ser mãe duas vezes, mas isso nunca me abalou"
Juliana Oliveira, 36 anos, mãe de Isa, 
2 anos, e de Lis, 2 meses
Assim como muitas mulheres, a jornalista Flávia Cintra, 39 anos, tem 
uma agenda atribulada. Ela se divide entre dois empregos (é repórter do 
programa “Fantástico”, da Rede Globo, e também dá palestras em 
empresas), cuida da casa, arruma tempo para encontrar o namorado e ainda
faz questão de buscar, todos os dias, os filhos gêmeos Mariana e 
Mateus, 5 anos, na escola. A rotina dessa paulistana típica pode ser 
considerada banal, exceto por um detalhe: Flávia é tetraplégica. Ferida 
gravemente em um acidente de carro em 1991, quando tinha 18 anos, a 
então jovem estudante perdeu os movimentos do pescoço para baixo por 
causa de uma lesão em sua coluna cervical. Após meses de fisioterapia, 
no entanto, acabou recuperando o domínio dos braços e hoje, apesar das 
limitações de locomoção, consegue levar uma vida muito ativa. “Lido com 
todos os desafios de uma mãe moderna. Ser cadeirante é apenas mais um”, 
diz Flávia.
A admirável história dessa tetramãe é contada no livro “Maria de Rodas –
Delícias e Desafios na Maternidade de Mulheres Cadeirantes” (Editora 
Scortecci), que chega às livrarias nos próximos dias. Na obra, Flávia e 
outras mulheres com mobilidade reduzida contam como superaram tabus e 
preconceitos para realizar o desejo da maternidade. “É importante 
mostrar para as cadeirantes que é possível, sim, ser mãe”, diz Flávia, 
uma militante da causa. “Minha deficiência não interfere no meu papel de
mãe, porque ser mãe não é uma condição física.” Separada, no dia a dia,
Flávia acompanha as crianças em várias tarefas, e conta com a ajuda de 
duas assistentes em atividades que exigem mais mobilidade, como dar 
banho. Muitas pessoas, porém, perpetuam a errônea crença de que uma 
mulher tetraplégica não teria condições de criar uma criança. “Quando eu
estava grávida, muita gente me olhava com espanto na rua, como se fosse
um crime uma
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